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MINICURSOS

1. América Afroportuguesa: a união compulsória das raças

Ministrante: Carlos Mota (UFPI/PET-História) e Julio Alvarenga (UFPI/PET-História)

Sala: 353

 

O termo cultura traz no seu bojo diversos significados, dos quais podemos destacar os costumes, conhecimentos e hábitos adquiridos pelo homem ao longo da sua história. Essa construção é simbólica das diversas transformações que sofremos, seja nas formas de interpretar outros povos como nas de nos interpretar. A história de construção da nossa identidade transita por momentos onde os povos que habitavam esse território eram considerados selvagens, por seus hábitos que não se enquadravam aos modos de agir do Velho Mundo, outrora os povos que foram trazidos para a terra (que recebera o nome de Brasil) foram tratados como “coisa” (estágio de desenvolvimento que se aproxima mais dos objetos do que da humanidade) sendo negociados e explorados ferozmente. Sendo assim, faremos um panorama geral, sobre os momentos iniciais dessa América Afroportuguesa, remetendo ao imaginário português que interferia na colonização, a forma como se lidou com os povos que aqui habitavam, assim como essa união racial repercutiu nos primeiros momentos desse processo, para então fazer um breve apanhado do pindorama enquanto campo de exploração, que se buscou justificar por teorias raciais, apresando e cercando índios nos primeiros momentos e posteriormente incentivando o tráfico negreiro, destruindo tradições africanas, visando o desenvolvimento agropecuário de suas fazendas e o enriquecimento inadiável da Metrópole portuguesa.

Palavra-chave: Brasil. América Afroportuguesa. História.

2. Escrita criativa: tecendo um conto fantástico

Ministrantes: Raylla Gomes (UFPI/PIBID) e Lucas Anderson (UFPI/IFARADÁ).

Sala: 354

 

Embora o termo literatura fantástica seja comumente usada na contemporaneidade para se referir a uma vasta produção de best-sellers, tais como, Harry Potter, As Crônicas de Nárnia e O Senhor dos Anéis, a concepção perpetuada no senso comum acerca deste gênero não poderia ser mais equivocada, o que buscamos nesta oficina é propor não apenas a tessitura do conto fantástico, mas reconhecer seus atributos característicos. Deste modo, este minicurso tem por proposta desenvolver uma oficina de produção textual (escrita criativa) voltada para a construção do conto fantástico. Constitui-se como objetivo geral aplicar os conhecimentos teóricos acerca do fantástico na produção textual. Como objetivos específicos circunscrevemos os seguintes delineamentos que nos orientarão ao longo dessa abordagem: i) caracterizar o conto fantástico; ii) reconhecer o conto fantástico; iii) identificar as estratégias enunciativas do discurso caracteristico deste gênero literário e iv) produzir um conto que contenha os elementos abordados. Face ao exposto, configura-se, pois, como meta deste minicurso capacitar a produção de texto que contemple todos os elementos basilares da narrativa fantástica. Nossa abordagem teorico-metodologica, encontra suas bases em Todorov ().

 

Palavras-chave: Escrita criativa. Literatura fantástica. Conto.

3. O negro em questão na literatura brasileira contemporânea

Ministrantes: Allyson Davi (UFPI/NUPLIC).

Sala: 318

 

Uma série de robustas pesquisas em obras literárias tem mostrado que a literatura diz muito mais no seu silêncio do que quando se manifesta. Assim,  tem sido quando se trata de negros, seja como escritores poucos evidenciados ou como personagens mais marginalizados ainda, e que, historicamente, sempre foram estigmatizados. Dessa forma, surge como uma necessidade atual tratar da questão da negritude no panorama da literatura brasileira contemporânea. O papel do negro na literatura brasileira foi largamente negligenciado e, quando aparece, é em condições de subalternidade e de escravidão, deixando transparecer uma literatura com raízes preconceituosa, excludente e racista. Atualmente, parece emergir uma forte tendência que coloca num lugar central a personagem negra e muitas outras consideradas minorias, denunciando o delineamento de uma “literatura periférica”. Tendo como base um mapeamento da ficção brasileira e dados de pesquisas capitaneados pela pesquisadora Dalcastagnè (2008; 2012), o presente trabalho visa apresentar possibilidades de pesquisa neste campo bastante abrangente e profícuo e que merece, especialmente, a concentração de pesquisas. Além disso, por meio de uma abordagem comparada e crítica, procurar-se-á fomentar um olhar investigativo, de modo a desanuviar preconceitos e estereótipos subjacentes à literatura brasileira e considerar ressignificações do conceito de literatura. Para subsidiar a discussão, serão usados, entre outros, como aporte teórico, os estudos de Dalcastagnè (2008; 2012), Duarte (2008) e Freyre (1990). Assim, tende-se a concluir que a literatura perpassa por um branqueamento colonial que nunca se extinguiu.

 

Palavras-chave: Literatura Brasileira Contemporânea. Crítica Literária. O negro na literatura.

OFICINAS

1. Oficina: Usina de corpos queer

Ministrante: Lygia Rissope (UFPI/Objuve)

Sala: 318

 

É receber e atravessar os territórios que a sociedade nos impõe. Queer é uma abordagem que descoloniza não só a sexualidade, mas o corpo, arte e a cultura. Abjeção esta que estabelece a diferença entre os corpos, a natureza da beleza a concepção de novas perspectivas e trazendo menos formas arraigadas de pensar esses sujeitos ao priorizar um aprendizado com/para/pelas diferenças. Isso se justifica porque as práticas das sociedades contemporâneas não podem permanecer neutras e apáticas frente às transformações dos corpos juvenis, a exemplo da elaboração de outros conceitos de sexualidades e de gêneros humanos. Problematizando e questionando verdades únicas, faz-se necessário tencionar os espaços educativos e ser pensar em (queer inclusivo), elegê-los como territórios de diferentes sociabilidades, de intervenções políticas, culturais e de transformação. Neste caso, Usina de Queer, questiona os dispositivos de biopolítica que disciplinam e controlam corpos e desejos, causando sofrimento a quem ousa ser diferente. Lidar com o diferente, na perspectiva de também se transformar e se colocar em questão: eis a provocação Corpo Queer para uma possibilidade que traz ao discurso as experiências do estigma e da humilhação, a fim de (re)pensar a si própria em face do convívio humano e das demandas da sociedade.A experimentação estética fica entre o corpo e sua relação com o mundo, ela nasce desta relação. Ela é uma abertura que possibilita novas sensações e sentidos às experiências. A estética é uma manifestação simbólica evidente no cotidiano realizada no corpo existencial, o coberto de significados, sujeito da percepção.

Palavras-chave: Corpo. Teoria Queer. Oficina.

2. Feminismo e feminismos: concepções sobre o feminismo negro

Ministrante: Maria do Desterro da Conceição Silva (UFPI/PPGEL)

Sala: 321

 

Esta oficina tem como objetivo discutir algumas concepções introdutórias sobre o movimento feminista, buscando uma compreensão sobre sua historicidade, para posteriormente abordarmos concepções teóricas-críticas sobre o movimento feminista negro. A proposta é que através de teóricas feministas, como: Sueli Carneiro, Angela Davis, Bell Hook, Patricia Hill Collins possamos estabelecer indagações e reflexões sobre a condição das mulheres negras e como estas vêm buscando romper com o silêncio e estereótipos existentes, ao construir teorias e obras literárias que questionam, criticam e denunciam o feminismo hegemônico e o lugar de subalternidade que tentam impor aos sujeitos não brancos. Através dos textos teóricos serão discutidas as possibilidades de repensarmos a categoria “mulher”, que se perpetuou por muito tempo no movimento feminista, como também observarmos “raça, classe e gênero” como categorias de análise, e que são consideradas pelo feminismo negro como bases estruturantes da dominação e da subordina.

Palavras-chave: Feminismo. Feminismo Negro. Concepções teóricas.

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